segunda-feira, 27 de abril de 2009

Contra o imobilismo, uma ação conjunta!

Um típico domingo no Rio Grande do Sul. Chuva, frio, final do campeonato gaúcho e DCEs dispostos a discutir os rumos do ME no estado. No domingo dia 19 de abril onze Diretórios Centrais de Estudantes reuniram-se em um Conselho Estadual de Entidades Gerais na sede do CPERS/Sindicato em Porto Alegre. Entre as discussões previstas estavam a situação do Movimento Estudantil no Estado e no País e a aprovação do regimento para o Congresso de Fundação de uma nova entidade estadual de estudantes.

Contra o imobilismo, uma ação conjunta!

Uma mobilização de DCEs gaúchos discutiu a situação do ME no Rio Grande do Sul e encaminhou a construção de uma nova entidade estadual

Um típico domingo no Rio Grande do Sul. Chuva, frio, final do campeonato gaúcho e DCEs dispostos a discutir os rumos do ME no estado. No domingo dia 19 de abril onze Diretórios Centrais de Estudantes reuniram-se em um Conselho Estadual de Entidades Gerais na sede do CPERS/Sindicato em Porto Alegre. Entre as discussões previstas estavam a situação do Movimento Estudantil no Estado e no País e a aprovação do regimento para o Congresso de Fundação de uma nova entidade estadual de estudantes.

O encontro que teve a presença da presidenta da UNE, Lúcia Stumpf, iniciou debatendo a situação do movimento estudantil atual. Segundo o vice sul da UNE, Mateus Fiorentin, esse é o momento de maior maturidade do movimento estudantil no nosso Estado. "É o momento onde convergimos nos maiores consensos, como a luta contra a criminalização dos movimento sociais, o Fora Yeda, as mobilizações contra a corrupção e por mais qualidade de educação", afirmou Mateus.

Para o diretor do DCE da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), Anderson Machado, o movimento estudantil é reivindicatório. O ME junto com os outros movimentos sociais estão enfrentando de frente o Governo do Estado que defende um retrocesso das políticas sociais que vem sendo feitas no País. Anderson também pontuou a importância da Conferência Nacional de Educação, "é um momento de discutirmos um modelo de educação democrática e popular", afirmou.

O representante do DCE/UCS (Universidade de Caxias do Sul), enfatizou a importância da constituição de uma nova entidade estadual de estudantes. Para David Carnizella essa nova entidade deve unificar os estudantes e para que isso aconteça ela deve ser "fundada em bases fortes". Para David a nova entidade não deve nascer apenas como oposição a diretoria atual da UEE. "O que nos uniu aqui, por exemplo, foi o Fora Yeda mas a nova entidade não deve se limitar a isso, pois quando acabar o governo acabaria a mobilização", afirma David.

A presidenta da UNE, Lúcia Stumpf, iniciou sua fala dizendo que a UEE/RS foi uma das primeiras a serem criadas há 70 anos. Para a dirigente vivemos um momento de ofensiva propositiva dos movimento sociais, "houve aumento de vagas nas universidade públicas, o ProUni garantiu vagas gratuitas nas universidade privadas e agora o fim do vestibular que é uma reivindicação histórica do ME", reforçou Lúcia.

Após as falas de abertura a palavra foi repassada para os presentes que pontuaram, principalmente, sobre a necessidade de criação de uma nova entidade estadual no RS. Ao final das intervenções iniciou o próximo ponto que foi o da aprovação de texto base do regimento para o congresso de fundação de uma nova entidade estudantil estadual. Após a leitura do regimento foi escolhida uma Comissão Estadual de Eleição, Credenciamento e Organização (CEECO), que aprovará o texto final do regimento e coordenará o processo de organização do congresso. A data proposta para a realização dele é nos dias 29 e 30 de agosto na cidade de Santa Maria.
Por que organizar uma nova entidade estadual?

A UEE do Rio Grande do Sul tem 70 anos de existência. Nesse tempo todo ela foi peça fundamental nas lutas do povo gaúcho e brasileiro. Participou da campanha do "Pretróleo é Nosso", foi fechada pela ditadura, mobilizou estudantes pelas Diretas Já!. Entretanto há mais de 15 anos o quadro é outro. Uma sucessão de congressos antidemocráticos (alguns feitos escondidos) transformaram a UEE numa entidade que existe apenas no cartório. O último congresso, público, da UEE foi em 2003. De lá para cá há a UEE perdeu o reconhecimento da maioria dos DCEs do Estado e nem mesmo a UNE reconhece como legítima a atual diretoria.

Como não existe nenhuma possibilidade de construção de um congresso democrático da UEE (quem está no poder não quer abrir mão do controle), dez Diretórios Centrais de Estudantes chamaram um Conselho Estadual de Entidades Gerais para construir uma nova entidade. O que as entidades querem é resgatar o passado de lutas da UEE e unificar as pautas dos estudantes gaúchos.
DCEs que estavam presentes no CEEG

* UCS: Universidade de Caxias do Sul*
* IPA: Centro Universitário Metodista/IPA
* PUCRS: Pontífícia Universidade Católica do RS
* UNISC: Universidades de Santa Cruz*
* Univates: Universidade do Vale do Taquari
* UFPEL: Universidade Federal de Pelotas*
* UFRGS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul*
* UFSM: Universidade Federal de Santa Maria*
* UNIJUI: Universidade de Ijuí*
* IMED: Faculdade Meridional*
* FURG: Fundação Universidade de Rio Grande*

Justificaram ausência

* FAPA: Faculdades Porto-Alegrenses
* UCPel: Universidade Católica de Pelotas


* Os DCEs marcados com asterisco fazem parte da CEECO. Somam-se a eles o DCE da Unicruz (Universidade de Cruz Alta) que não estava presente.

fonte: www.kizomba.org.br

Nenhum comentário: