quarta-feira, 8 de julho de 2009

Movimento "Da Unidade" lança Augusto Chagas à presidência da UNE

Em reunião realizada nesta terça-feira (07/07), o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" decidiu lançar a candidatura de Augusto Chagas para presidir a União Nacional dos Estudantes pelo próximo biênio.

Aluno do curso de Sistemas de Informação da Universidade de São Paulo (Campus Leste), ele presidiu o Diretório Acadêmico da Unesp-Rio Claro e o DCE da UNESP/Fatec. Também foi presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo por duas gestões.

A opinião, definida após acurada análise dos avanços obtidos na atual gestão e projeção dos próximos desafios, foi encaminhada com unidade e agora deve circular o Brasil nas plenárias convocadas pelo movimento "Da Unidade" para o próximo final de semana.

Augusto considera uma realização ser indicado como postulante a liderar a septuagenária entidade dos universitários. "Pessoalmente, acho uma honra e um desafio enorme ser indicado pelo movimento como candidato. Desde o primeiro ano de faculdade ter tomado contato com o movimento estudantil abriu muito minha visão sobre o mundo. Fazer parte disso é como uma segunda universidade, pois é um espaço que favorece a formação humanista, de cidadão crítico e comprometido, com papel na sociedade e na transformação do Brasil", avaliou.

Um tempo de grandes conquistas

A atual gestão da UNE se inscreve na história da entidade pelas conquistas que obteve. A principal delas é a retomada da ofensiva política na luta pela Reforma Universitária, já que o projeto 7200 havia sido inviabilizado pela ação dos interesses de mercadológicos que atuam na educação.

Hoje, o projeto em tramitação no Congresso Nacional é aquele aprovado no Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE e prevê pontos como a regulamentação do ensino privado e proibição da entrada de capital estrangeiro no setor, a ampliação de investimentos para 10% do PIB, o Plano Nacional de Assistência Estudantil, dentre outros. Aspecto comemorado pela direção da UNE é o fato de que quase todas as correntes políticas da entidade participaram da construção e reivindicam tal projeto.

O diálogo da UNE com a sociedade, ao ver dos dirigentes, tem sido crescente e fruto desse reconhecimento existe, hoje, a perspectiva de reconstrução de sua sede histórica, na Praia do Flamengo (RJ). Além disso, nos últimos dois anos a UNE realizou atividades que apontam para a diversificação de temas abordados entre os estudantes: as Caravanas de Saúde e da Anistia, a Bienal de Cultura, os Encontros de Estudantes do ProUni, o Encontro de Mulheres e o Encontro de Estudantes Negros, Negras e Cotistas.

Próximo biênio terá enormes desafios

"A tradição do movimento estudantil é ter posição nas encruzilhadas de nosso país e, ao ver do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade", em 2010 teremos uma pela frente", considera o candidato, em referência às próximas eleições presidenciais, tidas como embate de projetos para o país.

Para Augusto, "o papel da UNE nessa batalha deverá ser o de não admitir recuos, de não admitir que sejam frustradas as expectativas dos brasileiros e que sejam aprofundadas as mudanças em direção à construção de uma nação justa, soberana e desenvolvida".

O mais representativo Congresso da UNE


Desde o início da campanha, o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" mostrou o empenho em construir a maior mobilização já realizada para um Congresso da UNE. No encontro que debateu os objetivos para o Congresso, realizado em março, as lideranças ligadas ao movimento "Da Unidade" já vislumbravam que apenas envolvendo milhões de estudantes seria possível que a UNE tivesse a força e o protagonismo necessários para enfrentar as exigências do momento político.

E, a depender dos números do Congresso, que terá início no próximo dia 15 e julho, em Brasília, a entidade estará preparada para fazer juz às suas melhores tradições. O processo foi o mais representativo da história As mais de 2300 eleições realizadas, nas quais cerca de dois milhões de universitários votaram, abrangeram 92% das instituições de ensino superior do país. Os mais de cinco mil delegados eleitos representarão quatro milhões e meio de alunos das universidades envolvidas em todos os estados da Federação.

De São Paulo,
Fernando Borgonovi

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Aliança entre "Da Unidade" e "Kizomba" vence UEE-MG






Com 205 votos a chapa "Com Aécio não dá", representada por delegados dos movimentos "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" e "Kizomba" (DS), venceu, neste domingo (28), o congresso da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais. A nova presidente da entidade é Luiza Lafetá, estudante de história da Universidade Federal Ouro Preto e militante da UJS.

Outras três chapas concorreram: a composta pelas juventudes de PDT e PCR somou 107 votos, enquanto a união das correntes CNB, Mudança e Articulação de Esquerda obteve 84 votos e o PCB sete.

Combate ao tucanato mineiro

O congresso foi pautado pela crítica ao governador Aécio Neves e a cobrança por uma nova postura na política educacional do estado, com ampliação dos investimentos para contemplar as necessidades estudantis. "A marca deste congresso, que procurou ser representada na chapa "Com Aécio não dá", foi a oposição do movimento estudantil mineiro ao governador e ao projeto por ele representado. Nossa luta é pela duplicação do investimento em educação", aponta a presidente eleita.

Outra marca do evento foi o aniversário de dez anos da reconstrução da UEE-MG dos universitários mineiros. O esforço para reconquistar a sede da entidade, retirada na época da ditadura, foi aprovada como uma das principais lutas da nova gestão.

"Serão muitos desafios nesses próximos dois anos. A luta para ter nossa sede de volta é uma das mais importantes. Num momento em que, no plano nacional, o governo reconhece sua obrigação em reparar erros do passado, isso tem que repercutir nos estados também", diz Luiza.

O movimento estudantil mineiro tem ainda outros motivos para muitas mobilizações, a começar pela efetiva estadualização da UEMG, que fora da capital cobra mensalidades. "Conquistar a gratuidade da Universidade Estadual de Minas Gerais no interior será uma importante batalha. Assim como a luta pela construção do restaurante universitário na Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros)", conclui. O congresso ainda convocou um Conselho Estadual de Entidades de Base para reformar o estatuto da UEE-MG.

Fernando Borgonovi

Manifesto consolida ampla aliança para o Congresso da UNE

Na reta final do Congresso da UNE, leque de forças políticas divulga manifesto propondo a unidade do movimento estudantil brasileiro para enfrentar a crise, aprofundar as mudanças no país e evitar retrocessos nas eleições de 2010. Assinado inicialmente por sete movimentos, o documento consolida ampla aliança política para o Congresso e para a gestão da União Nacional dos Estudantes.

Manifesto ao 51º Congresso da UNE

Estamos na reta final da mobilização para o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Esta ação empreendida nos últimos meses por coletivos, correntes, movimentos e por diversas lideranças que constroem a UNE nos estados demonstra, de maneira cabal, a vitalidade do movimento estudantil.

O método de eleição dos representantes, em vigor desde o último Congresso, realizado através de eleições em urna em cada universidade, deu novo impulso à organização do movimento, proporcionou mais mobilização, aprofundou a democracia e fomentou debate de ideias mais consistente entre os estudantes. Esse rico processo promovido pela UNE deve ser saudado como importante avanço e conquista do conjunto do movimento estudantil brasileiro. Em última instância, ele é garantia de um Congresso para milhões de estudantes, massivo e politizado, de acordo com a história e a responsabilidade da União Nacional dos Estudantes.

Vivemos um período de riscos e oportunidades. Os últimos anos em nosso país apresentaram um quadro de avanços: crescimento econômico, expansão do mercado interno, maior distribuição de renda, vigor democrático que permitiu diálogo frutífero entre movimentos sociais e governo central, política externa altiva e soberana. De outro lado, diante de realidade promissora, persistiram amarras que condicionaram nosso incipiente retorno à rota do desenvolvimento: política econômica conservadora, baseada na liberdade de câmbio e na manutenção de taxas de juros elevadíssimas, que tem canalizado recursos para a especulação e o rentismo em detrimento do trabalho e da produção.

A crise capitalista, apesar de encontrar o país em melhores condições de resistência em vista de outras nações, já coloca o Brasil numa situação de desaceleração econômica, o que acaba por atingir negativamente a vida do trabalhador. O quadro de desaceleração e a pressão exercida por movimentos sociais e entidades obrigou até mesmo o Banco Central – núcleo da ortodoxia dentro do governo – a afrouxar sua modorra neoliberal e colocar os juros em rota descendente.

O momento deixa evidente qual a disjuntiva da vez: a luta política pelo caminho a ser adotado para sair da crise. Vêm daí os riscos e as oportunidades. A vacilação e a cedência frente às pressões do capital, que busca uma solução que preserve intactos os privilégios do setor financeiro, poderão jogar por água abaixo os avanços até aqui acumulados. Já uma postura altiva e decidida, que enfrente os interesses de tais setores dominantes e quebre de vez as amarras neoliberais, privilegie o fortalecimento do Estado nacional, a ampliação dos investimentos e dos direitos sociais poderá fazer com que o Brasil saia primeiro da crise e desponte em condição fortalecida no quadro mundial.

2010 no centro de debate
Esta disputa desembocará em 2010, quando as eleições definirão os novos governos estaduais e a Presidência da República. É por isto que o Congresso da UNE não poderá se esquivar do debate que vem sendo desenhado para esse embate. A todo custo, a direita conservadora raivosa, expressa pelos partidos da oposição (PSDB, DEM, PPS e aliados), tenta desviar o foco: a identidade da crise econômica com o modelo que eles impuseram ao Brasil durante a era FHC. Pior que isto, tentam se apresentar como a “alternativa” de poder para o país.

Conhecemos os resultados devastadores que os anos neoliberais trouxeram ao Brasil. Por isso, é nosso dever não medir esforços para barrar a possibilidade de sua volta ao poder. É um compromisso com o presente e o futuro da nação buscarmos a superação da crise e a consolidação, nas eleições de 2010, do caminho para o desenvolvimento soberano, a democracia e a ampliação dos direitos do povo.

Para estar a altura desses desafios, marcham juntos, em uma mesma chapa para o 51º Congresso da UNE, as lideranças e movimentos que subscrevem este documento. A todos os outros que concordarem e quiserem se somar a esse esforço de unidade pela transformação do Brasil, ficaremos honrados com a participação. Assim, fortaleceremos a histórica entidade em consonância com a vocação do movimento estudantil – a de figurar nas primeiras fileiras na luta pela democratização da educação e pelos verdadeiros interesses da nação.

Assinam:

Acionando Flores
Da Unidade Vai Nascer a Novidade
Kizomba
MDE - JS-PDT/São Paulo
Movimento Geração Estudantil
Movimento Mutirão
Movimento Ousadia

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Chapa "Unidade na Diversidade" vence eleições para UNE com 60% dos votos na UnB






A chapa "Unidade na Diversidade", composição que uniu militantes do movimento "Da unidade Vai Nascer a Novidade", do movimento "Kizomba" (ligado à DS, corrente do PT) e da JSB, venceu com ampla maioria dos votos a eleição de delgados ao Congresso da UNE na Universidade de Brasília, uma das principais do país. Com 541 votos, ou 60,3% do total, conquistou 11 das 18 vagas possíveis, suplantando outras quatro chapas.
As outras concorrentes foram "Até quando esperar", ligada ao PSOL, que conseguiu 170 votos e elegeu 3 delegados; "Pra fazer a UNE diferente", representando a corrente Articulação de Esquerda, chegou a 132 votos e 3 delegados; "Adeus UNE. Agora é luta", do PSTU, que atingiu 31 sufrágios e obteve 1 delegado; e "AJR - Reconstruir a UNE pela base", do PCO, que não elegeu delegado e obteve 23 apoiadores. Foram 61 os votos em branco e 15 os nulos.

Para Leandro Cerqueira, presidente da UJS no Distrito Federal, a eleição mostrou a força da UNE na universidade e derrotou forças que jogaram contra o processo congressual. "A eleição contribui em grande medida para reforçar o caminho que UNE vem trilhando dentro da UnB. A entidade esteve presente na ocupação, na derrubada do reitor, na caravana de saúde. O prestígio da UNE já havia se refletido no Coneb, com participação expressiva de Centros Acadêmicos da UnB. A principal derrotada foi a AE que optou por um caminho de esvaziamento do processo eleitoral, o que foi rechaçado pelos estudantes", afirmou.

Divisionismo derrotado

As tentativas sectárias e divisionistas também perderam, o que fica nítido pelo desempenho eleitoral para lá de tímido da chapa "Adeus UNE". Tatiane Gomes, estudante Serviço Social da UnB e diretora da UNE, avalia "que a universidade não concorda com os posicionamentos sectários, que não constroem a entidade. Isso ficou muito claro com o não reconhecimento da campanha que fizeram contra o fórum da UNE".

"Esse movimento que eles procuram fazer, de dividir o movimento estudantil, não angariou representatividade na UnB, os debates deles não pautaram a eleição. O que se viu foi apenas um posicionamento anti-UNE, que foi completamente rechaçado pelos estudantes", completou Tatiane.

Weverton Brasil, estudante de Ciências Sociais e delegado eleito, também viu o pleito como uma resposta dos estudantes a favor da UNE. "Foi uma vitória para o movimento estudantil, com a UNE cada vez mais reconhecida e fortalecida na Universidade de Brasília".

Fernando Borgonovi

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Estudantes do Paraná dão vitória ao movimento "Da Unidade" e aliados no Congresso da UPE

Teve desfecho vitorioso para o movimento liderado pela UJS e aliados o Congresso da União Paranaense dos Estudantes (UPE). A chapa "Da Unidade Vai Nascer a Mudança" - soma de forças de UJS e das correntes do PT Mudança, Kizomba e O Trabalho - elegeu a nova diretoria e aprovou as propostas que conduzirão a gestão da entidade no biênio 2009/2011. O novo presidente é Paulo Moreira, aluno do quarto ano de Direito na Universidade Estadual de Maringá e coordenador geral do DCE.

A chapa conquistou 105 votos contra os 10 obtidos pelo grupo "Oxigênio", composto pelo PSDB e DEM. Dez delegados se abstiveram do processo de votação. Os estudantes ligados ao PSOL, embora presentes, optaram por não inscrever chapa.

Para o presidente eleito, os próximos anos serão de lutas para garantir a unidade dos estudantes paranaenses na luta pela implementação de políticas de assistência. "Um dos grandes desafios é manter a unidade do movimento estudantil para mobilizar por conquistas. Uma das bandeiras principais tiradas no Congresso foi a assistência estudantil, que no Paraná se evidencia mais na questão do transporte, já que muitos universitários moram e estudam em cidades diferentes. É preciso que o governo tenha uma política de transporte que contemple essa necessidade dos estudantes", diz Paulo.

"A força da UPE e do movimento estudantil paranaense está demonstrada pelas várias correntes que participaram do Congresso, expondo suas propostas e, democraticamente, disputando os rumos da entidade", saliente Arilton Freres, presidente da UJS e coordenador local do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade".

O Congresso foi o 42º na história de 70 anos da entidade dos universitários paranaenses e a comemoração da data marcou o evento. Fabiana Zelinski, a "Binha", presidente da gestão cessante, declarou no ato de abertura que a força da UPE está principalmente na união dos estudantes mesmo com a pluralidade de opiniões. “O movimento estudantil resistiu na ditadura e está organizado até hoje devido à diversidade de ideias presente em sua organização”.

Fernando Borgonovi

4º Congresso da UEE-AM reelege Maria das Neves






Na quarta e maior edição do Congresso da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM), universitários de todo o estado reelegeram Maria das Neves presidente da entidade.

O evento, ocorrido nos dias 19 e 20, reuniu estudantes de 9 municípios amazonenses e centenas de estudantes de Manaus. Apenas uma instituição de ensino superior não foi representada.

A programação contou com a presença de diversos líderes políticos e intelectuais. A deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB), o deputado estadual Sinésio Campos (PT), a ex-vereadora Lúcia Antony (PCdoB), a reitora e o vice eleitos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Márcia Perales e Ednaldo, respectivamente, a reitora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) Marilene Correa e o escritor amazonense Tenório Teles, que participou da mesa de lançamento da Frente Ampla em Defesa da Meia Passagem participaram dos debates.

Jovens de Manacapuru, Itacoatiara, Maués, Tabatinga, Tefé, Benjamin Constant, Parintins, Coari e São Gabriel da Cachoeira romperam as barreiras geográficas que os separam da capital do Estado e, em alguns casos, viajaram mais de mil quilômetros para participar das discussões.

"Se no Congresso da UNE encontrarmos a mesma combatividade e politização que vi aqui no Amazonas, nós conseguiremos concretizar todas nossas bandeiras de luta", afirmou o diretor de assuntos jurídicos da UNE, André Tokarski, que coordenou uma das mesas do encontro.

A presidente reeleita, aluna de História da Ufam, Maria das Neves, entregou o diploma "Tomazinho Meireles" aos ex-presidentes da entidade Júlio Salas e Daniel Félix e, também, para o escritor Tenório Teles. "Resgatamos o nome desse valoroso líder estudantil amazonense, morto pela Ditadura Militar, reconhecendo as contribuições dadas pelos presidentes da UEE que me antecederam na construção permanente do movimento estudantil universitário amazonense", disse Maria.

As resoluções, manifestos e monções aprovadas unanimemente pela plenária do congresso engrossaram a politização do evento. Dos grupos de discussão sobre conjuntura política e educação saíram textos que avaliam a crise econômica, os seus danos causados a humanidade e alternativa apresentada pelos governos progressistas de vários países da América Latina, além da necessidade de um projeto de reforma universitária que fortaleça o ensino superior público e estabeleça a regulamentação do ensino superior privado.

Uma das pautas do Congresso, a defesa da manutenção da meia passagem foi tema do manifesto, também aprovado por unanimidade. O documento deverá ser apresentado à sociedade, às entidades do movimento social, intelectuais e líderes políticos, a fim de receber seus apoios e fortalecer o coro pela garantia do benefício.

Na Eleição para nova diretoria foram apresentadas duas Chapas. Chapa " Unidade" liderada pela UJS e com apoio da JS-PDT, JPSDB, JSB, JPT(CNB) e JPSOL e a chapa "UEE é Pra Lutar" liderada pela Juventude Revolução. O Resultado foi 93 votos para chapa "Unidade" e 8 votos para chapa "UEE é Pra Lutar".


De Manaus,
Anderson Bahia















terça-feira, 16 de junho de 2009

Movimento "Da Unidade" elege Carlos Eduardo presidente da UEE-SP






A chapa formada pela UJS, Juventude Pátria Livre, DS, JS-PDT e JMDB obteve 335 votos no Congresso da União Estadual dos Estudantes de São Paulo e elegeu Carlos Eduardo, estudante de filosofia da Universidade São Judas Tadeu, presidente da entidade.

Outras três chapas disputaram o fórum máximo da entidade: "MUDE: Sem medo da democracia", composta pelas correntes CNB, Articulação de Esquerda, Mudança e apoiada pela JSB, conquistou 36 votos; "Oposição de Esquerda", com 29 votos e "O estudante é nossa bandeira", ligada à juventude do PSDB, que somou 13 apoiadores.

Em seu discurso, Carlos ressaltou a importância da gestão eleita no aniversário de 60 anos da UEE-SP e seu papel em combater o neoliberalismo e lutar pelos direitos dos estudantes. "Nós, nos próximos dois anos, invadiremos as universidades para colocar os filhos da classe trabalhadora dentro delas. Invadiremos cada sala de aula para construir uma UEE combativa, de luta e que vai derrotar José Serra".

"O Congresso foi muito politizado, com debates sobre temáticas variadas, e a vitoriosa aliança liderada pelo movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" mostrou que só com a força de amplos setores é possível dar conta dos desafios apresentados para os estudantes paulistas, que são denunciar o autoritarismo do governo Serra e mudar a educação no estado", avalia Augusto Chagas, presidente da UEE-SP até o Congresso.

Contados apenas os delegados do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" (255) formavam 62% do Congresso e a chapa conquistou 13 dos 15 cargos na diretoria executiva. As outras vagas foram obtidas pelo "MUDE" e pela "Oposição de Esquerda".

Rumo à vitória no Congresso da UNE
"Para o Congresso da UNE nosso objetivo prioritário é manter esse arco de aliança vitorioso na UEE-SP, hoje formado a partir de JPL, DS e JS-PDT, e ampliá-lo para outras forças do campo que compõe o governo Lula e, assim, contribuir para reeleger o projeto liderado por Lula em 2010", avalia Marcelo Gavião, presidente nacional da UJS e coordenador do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade".

De São Paulo,

Fernando Borgonovi

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Semana agitada terá Congressos da UEE-SP e da UCE (SC), além de credenciamento da UPE (PR)

A galera do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" terá uma semana muito agitada, com Congressos da União Estadual dos Estudantes de São Paulo, da União Catarinense de Estudantes (UCE) e o credenciamento dos representantes eleitos ao Congresso da União Paranaense dos Estudantes (UPE).

As três entidades têm histórias longas e repletas de lutas em defesa da educação, da democracia e dos estudantes. A fundação da UPE remonta ao final da década de 30 do século passado, ao passo que a entidade paulista e a catarinense datam, respectivamente, do final dos anos 40 e começo dos 50. Além disso, são estados que possuem elevado número de estudantes, sendo muito importantes também para o Congresso da UNE.

Em São Paulo, o Congresso terá início na quinta-feira, dia 11, na cidade de Campinas. O Congresso dos universitários de Santa Catarina está marcado para começar no dia dos namorados, 12 de junho, às 20h, no Campus da Unoesc, em Joaçaba.

Já o credenciamento dos representantes eleitos ao Congresso da UPE começa amanhã, quinta-feira (11), mas o evento terá início no sábado (20), na bela cidade de Foz do Iguaçu.

O movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" deve contar com grandes delegações em todos os estados. Para todos os eventos, os estudantes devem levar documento oficial com foto (RG, Carteira de Trabalho ou Passaporte) para realizarem o credenciamento. É recomendável que levem objetos de higiene pessoal, além de colchonetes e cobertores.

terça-feira, 2 de junho de 2009

51º Congresso da UNE: atenção aos prazos para não ficar de fora

Está chegando a reta final do processo de mobilização para o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Nesse momento, a atenção aos prazos estipulados pela organização é fundamental para garantir a participação do maior número possível de delegados - estudantes eleitos da mais vasta gama de instituições de ensino superior de todo o país.

O calendário agora estipula as datas limites para solucionar problemas de Comissões de 10 duplicadas no sistema, para a convocação de eleições por DCEs credenciados e outros prazos. Veja abaixo o calendário divulgado em circular pela Comissão Nacional de Eleição, Credenciamento e Organização (CNECO) do 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes: PORTARIA CNECO – nº 03/2009

Considerando a proximidade do Congresso e a necessidade de determinar prazos para a convocação e para a realização das eleições, a Comissão Nacional de Eleição, Credenciamento e Organização (CNECO) do 51º Congresso da UNE comunica:



1. Comissões de 10 inscritas e duplicadas até o dia 29/05

As Comissões de 10 duplicadas até o dia 29/05 (sexta) têm o prazo de até 05/06/2009 para apresentar à CNECO (via e-mail a unificação dos membros e do calendário eleitoral. Findo este prazo, caso as partes não cheguem a um acordo a CNECO arbitrará a questão, indicando a composição da Comissão de 10 e o calendário eleitoral da IES.



2. Comissões de 10 inscritas e duplicadas a partir de 01º de junho

As IES com mais de uma comissão de dez alunos (C10) inscrita depois de 1º de junho: fica estabelecido o prazo de três dias úteis a partir da duplicação para resolvê-la. Caso as partes não cheguem a um acordo nesse prazo a CNECO arbitrará a questão, indicando a composição da Comissão de 10 e o calendário eleitoral da IES.



3. A presença de Centros ou Diretórios Acadêmicos nas C10 é o primeiro critério a ser levado em conta para a decisão da composição válida. Os CAs e DAs que não se credenciaram no 12º CONEB devem enviar por e-mail para a CENCO ( 51congresso.une@gmail.comEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ) cópia digitalizada da ata de posse, eleição e estatuto dentro dos três dias úteis do prazo estabelecido acima.



4. Prazo final para os DCE´s credenciados convocarem as eleições - 05/06 (sexta)

Os DCE´s tem até o dia 05/06/2009 (sexta-feira) para comunicar as datas de inscrição e de eleição, sem prejuízo de prazo no calendário eleitoral. Caso não o façam o processo deverá ser conduzido por uma Comissão de 10 estudantes da universidade, que poderá se inscrever a partir de 08/06 (segunda).



5. Nos marcos do Regimento do 51º Congresso da UNE, se encerra no dia 17/06 (quarta) as 19h o prazo para inscrição de Comissões de 10. A data limite para a realização das eleições é o dia 26/06 (sexta), de modo que a data limite para a inscrição de chapas é o dia 23/06 (terça).



São Paulo, 01 de junho de 2009.



Comissão Nacional de Eleição, Credenciamento e Organização – CNECO – do 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes

sexta-feira, 29 de maio de 2009

De Volta para Casa: Justiça concede a UNE posse definitiva do terreno no Rio


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O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou, por unanimidade, na terça-feira (26) a apelação proposta pelo estacionamento irregular que invadiu o terreno da sede histórica da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) na Praia do Flamengo, 132, Rio de Janeiro. A sede funcionou até 1964, quando foi metralhada e incendiada pelos militares. Depois disso, o local foi invadido por um estacionamento clandestino, na década de 1980. A disputa judicial pelo terreno já durava 10 anos. A decisão tem caráter definitivo.

''A medida extingue a disputa pela posse do terreno. Não cabe mais nenhum recurso. A Justiça reafirmou: o terreno pertence a UNE e a UBES'', afirma o advogado das entidades, Márcio André Mendes Costa.

“Embora o Estado brasileiro nos tenha devolvido, em 1994, a propriedade do terreno, ainda precisávamos da posse do mesmo para concluir essa etapa do processo. Agora, estamos nos mobilizando para iniciar a reconstrução da sede o quanto antes”, declara Lúcia Stumpf, presidente da UNE.


Fonte: UNE

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Chapa "Precisamos de você nesse cordão" vence eleições na Federal de Goiás


A chapa "Precisamos de Você Nesse Cordão", composta pela União da Juventude Socialista e pela JPPL (Pátria Livre), venceu nesta quinta feira a eleição dos delegados para os Congressos da UEE/GO e da UNE na Universidade Federal de Goiás (UFG). O movimento conseguiu somar 490 votos e eleger seis delegados, num total de 12 possíveis.

Outras três chapas concorreram: a chapa ligada ao PCB, que dirige a gestão do DCE, "Da Luta Não me Retiro", somou 302 votos e ficou com três delegados; a "UEE na linha de frente", ligada ao PMDB, obteve 247 votos e também três delegados; a "Reconstrução", do PDT, conseguiu 13 votos e não elegeu para o Congresso da UNE.

"Foi a principal eleição realizada no estado. Teve ampla participação dos estudantes, conseguimos fazer uma grande divulgação em sala de aula e levar a mensagem da UNE, ampliando o debate e dando visibilidade para os congressos", comemorou Enival Dalat, diretor da UNE responsável pela eleição.

Foi também um processo de disputa politizado, que discutiu temas bastante presentes no movimento estudantil. "Uma das principais pautas foi o Plano Nacional de Assistência Estudantil, que é uma bandeira defendida pela UNE em todo o Brasil e tem muito a ver com a realidade vivida nesta universidade. O projeto de reforma do ensino superior defendido pela UNE e que agora virou projeto de lei no Congresso Nacional também teve muito apelo entre os alunos", completou Dalat.

O Congresso da União Estadual dos Estudantes de Goiás acontecerá entre os dias 3 e 5 de julho, em Anápolis.

De São Paulo,

Fernando Borgonovi

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ampla chapa liderada pela UJS vence Congresso da UEP


Vic, a nova presidente da UEPUma ampla coalizão de forças atuantes no movimento estudantil pernambucano compôs a chapa "Agora Só Falta Você", que venceu com 212 votos o 37º Congresso da União dos Estudantes de Pernambuco Cândido Pinto (UEP) e elegeu a estudante de direito da Universidade Federal de Pernambuco Vírginia (Vic) Barros como presidente da entidade.

Desta frente, liderada pela UJS, participaram também a CNB, a DS, a JPPL, a JPSB (cujo movimento chamava "Madeira de Lei"), a Via Alternativa e Geração Estudantil.

A chapa "Ousar Lutar", composta por estudantes ligados às correntes AE e Mudança obteve 43, enquanto a "Rebele-se", ligada ao PCR, ficou com 28 votos.

"Esse congresso se tornou histórico não semente pela data, porque reverenciamos o nosso passado mas sempre com vistas a lutar no presente e transformar o futuro. Isso esteve muito presente na demonstração de maturidade do movimento estudantil de Pernambuco, a partir da construção da chapa "Agora Só Falta Você" que uniu diversos setores", declarou Vic Barros.

A presidente eleita também falou dos desafios no próximo período. "A atuação na conferência nacional de educação, o enfrentamento da crise e a busca por mais avanços para o país e para Pernambuco são os elementos que forjaram essa unidade.Esse sentimento ficou muito evidente. É hora de pisar no acelerador e exigir mais avanços".

O Congresso, realizado em Petrolina, às margens do Rio São Francisco, teve as presenças de importantes figuras da política pernambucana, como o prefeito da cidade, Julio Lóssio (PMDB), o secretário de governo do estado, Valdemar Borges (PSB), o reitor da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), Prof. Dr. José Weber Freire Macedo. Também acompanharam evento a ex-prefeita de Olinda Luciana Santos, os deputados estaduais Luciano Moura e Nélson Pereira, além do prefeito de Juazeiro (BA) Isaac Cavalcante, todos do PCdoB.

A lembrança dos quarenta anos do atentado que vitimou o estudante Cândido Pinto, então presidente da UEP, foi uma das marcas do Congresso. Outro ponto alto foi o lançamento da revista comemorativa dos 65 anos da UEP, que teve a presença de ex-presidentes da entidade Pedro Lorentino, Anne Cabral, Geraldo Villar, a irmã de Cândido Pinto e o irmão Demócrito de Souza Filho, ex-secretário-geral da UEP no período do Estado Novo.

Fernando Borgonovi

quinta-feira, 21 de maio de 2009

SP, RJ e MG: movimento "Da Unidade" terá final de semana de plenárias e festas

Este final de semana será repleto de debates e de muita diversão para o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" ao Congresso da UNE. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, todos estão convidados a participar de atividades que reunirão delegados de diversas universidades para discutir propostas e esquentar os motores rumo ao Congresso.

Na Terra da Garoa, a plenária festiva acontecerá no sábado (23), a partir das 16h, no bar Azaléia, na Rua Maria Antonia, 231 - próximo ao Mackenzie. A atividade será animada com cerveja e roda de samba. No sábado, ainda acontecerá uma atividade específica com a galera do ABC paulista.

Já na Cidade Maravilhosa, a agitação começa às 14h, também no sábado, na sede da UNE na Praia do Flamengo, 132. Após a plenária, que debaterá a preparação da bancada carioca do movimento "Da Unidade" para o 15º Congresso da UEE/RJ e 51º da UNE, acontecerá um churrasco com samba.

Para finalizar, na Capital Mineira, a sede do Diretório Acadêmico de Medicina da UFMG receberá, a partir das 14h de sábado, a plenária mineira do movimento "Da Unidade". O endereço é Rua Alfredo Balena, na Faculdade de Medicina, próximo ao Hospital das Clínicas de Belo Horizonte. A turma do movimento em Betim também prepara uma reunião para a manhã de sábado.

União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) realiza seu Congresso neste final de semana

Qui, 21/05/09 15h53
Nestes dias 22, 23 e 24, a UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco), localizada no município de Petrolina (PE), sertão médio do estado, sediará o 37º Congresso da União dos Estudantes de Pernambuco Cândido Pinto (UEP), fórum máximo dos estudantes universitários pernambucanos.

Neste evento, a UEP realizará um grande ato político em homenagem a Cândido Pinto e ao aniversário de 40 anos do atentado que marcou Pernambuco e a luta pela democracia. Participarão do ato de ex-dirigentes da entidade, que também prestigiarão o lançando da revista que faz a recuperação do acervo histórico da UEP.
O Congresso da UEP é o momento de discutir as atualidades da Universidade, da educação, da conjuntura política do país e do estado (dentre outros temas), além de eleger a próxima diretoria da Entidade.

Também está na pauta um amplo debate sobre a crise financeira e a necessidade de ampliar os investimentos em educação. Ainda serão discutidos temas como a proposta fim do vestibular e a implantação do novo ENEM como novo mecanismo de acesso ao ensino superior público, a Reserva de Vagas para alunos das escolas públicas, dentre outros.

O credenciamento das atas de delegados e suplentes ao congresso será na próxima quarta-feira (20/05). Observadores poderão se inscrever nos dias do Congresso ou entrar em contato pelo telefone (81) 3221.8637 para obter informações.

Os ônibus sairão em caravana, a partir desta quinta-feira (21/05), rumo a Petrolina, fazendo escalas nas cidades para garantir a participação das bancadas de estudantes credenciados ao congresso, além das próprias conduções que já estão sendo mobilizadas pelas lideranças estudantis em cada local.

Em seu último Congresso, a UEP credenciou estudantes de quase todas as instituições de ensino superior do estado. Estima-se para este congresso a participação de cerca de mil estudantes de todas as regiões.

Anderson Diego é estudante de Marketing, tesoureiro geral da UEP e militante do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade"

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Governo Serra distribui livro que "ensina" palavrão e faz alusão ao PCC





Qua, 20/05/09 13h33

Anda pródiga em produzir más notícias a secretaria de Educação de São Paulo sob o governo tucano de José Serra. A novidade da vez é o livro, distribuído a alunos da terceira série do ensino fundamental das escolas da rede pública, que traz palavrões, conteúdos de conotação sexual e chega mesmo a fazer alusões ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que se notabilizou por atuar no crime organizado em São Paulo.

Em março, a secretaria já tinha ocupado as manchetes por enviar livros didáticos com conteúdos errados na parte de Geografia. O lapso "ensinava" que o mapa da América do Sul tem dois Paraguais, alterava a posição do Uruguai e sumia com o Equador dos países fronteiriços ao Brasil. Constatado o equívoco, o governo alegou ser "apenas" um problema de impressão das apostilas e a vida seguiu em frente. O escândalo atual está na obra "Dez na Área, um na Banheira e Ninguém no Gol", que traz expressões "edificantes" como "chupa rola", "cu" e "chupava ela todinha". Ao falar sobre jogos de futebol em presídios, o livro apresenta um desenho, com presos portanto armas e bandeirolas da facção criminosa. Em outra gravura, um balão faz propaganda de entorpecentes das "organizações PCC".

Alarmado com nova pauta negativa vinda da secretaria - cujo comando recentemente foi trocado e o posto assumido por Paulo Renato de Souza, ex-ministro de FHC -, José Serra lamentou o fato, que considerou mais grave que o anterior, determinou o recolhimento das obras e a abertura de sindicância para apurar responsabilidades.

Culpados à parte, os casos são reveladores da falta de prioridade dada à educação em sucessivas gestões do PSDB, partido que governo o estado desde 1995, mas estão longe de serem únicos. Somam-se a já conhecida lotação das salas de aula, à desvalorização dos profissionais da educação, aos resultados constantemente constrangedores obtidos em avaliações.

Espera-se que a sucessão de pautas negativas sirva, ao menos, para chamar atenção para escuridão que reina neste setor e, numa projeção talvez exageradamente otimista, desperte no poder público um lampejo de boa vontade para melhorar a situação do ensino público paulista.

De São Paulo,

Fernando Borgonovi

terça-feira, 19 de maio de 2009

"Da Unidade Vai Nascer a Novidade" vence as duas primeiras disputas no Rio de Janeiro

Aconteceram os primeiros processos eleitorais disputados por diversas correntes do movimento estudantil no Rio de Janeiro. Tais eleições para os Congressos da UEE/RJ e da UNE trouxeram resultados positivos para o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade".

Na Unisuam (Centro Universitário Augusto Motta), a eleição foi realizada nos dias 14 e 15 de maio e teve cenário de intensa disputa. A chapa "Da Unidade" conseguiu vantagem expressiva, vencendo por 1879 votos contra 1025 da chapa "Construção Coletiva", ligada ao PCR. Por esse quadro, o movimento vitorioso elegeu 15 delegados ante 8 dos oponentes.

Já na UNIPLI (Centro Universitário Plínio Leite), de Niterói, as eleições aconteceram nos dias 16 e 18 de maio, com a concorrência de quatro movimentos. A chapa "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" obteve o melhor resultado, com 760 votos, o que corresponde a cinco delegados. A segunda colocada foi a "Primavera nos Dentes", de militantes ligados ao PSOL, que contabilizou 188 votos e elegeu um delegado. As outras inscritas, "Construção Coletiva" e "Nada Será Como Antes", tiveram, respectivamente, 11 e 2 votos e não elegeram delegados.


Com informações de Rodrigo Weiz (Digão)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Manifesto do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" - Um chamado ao movimento estudantil

"Pode chegar
Que a festa vai
É começar agora
E é prá chegar quem quiser
Deixe a tristeza prá lá
E traga o seu coração
Sua presença de irmão
Nós precisamos
De você nesse cordão..."
(Gonzaguinha)

O movimento estudantil brasileiro celebrou, nos anos de 2007 e 2008, uma sólida unidade a partir da qual a UNE pode protagonizar grandes campanhas e conquistar importantes vitórias, que são patrimônio de todos os estudantes brasileiros. Dois marcos históricos foram simbólicos desse momento: quando, em 1º de fevereiro daquele ano, reconquistamos o terreno que a ditadura nos tirou, e no 50º Congresso da UNE, quando milhares de estudantes debateram propostas para a educação e para o país e elegeram, a partir de uma ampla unidade, a nova diretoria da entidade. Um novo capítulo se abria, então, na história da UNE. Uma fase que nos exigiria maior maturidade, pois a unidade programática que forjávamos não se baseava simplesmente em composições, em espaços ou fóruns do movimento, mas, sim e fundamentalmente, era consolidada no cotidiano das lutas estudantis.

Era de conhecimento de todos que o momento político exigia também uma capacidade ímpar de apresentar formulações e proposições capazes de superar os desafios para mudarmos a cara da universidade brasileira e contribuirmos para o aprofundamento das mudanças em curso no país. Ao contrário do que alguns apontam por aí, essa tática não significa um adesismo a este ou a qualquer outro governo ou força externa ao movimento estudantil, mas consiste no caminho correto para materializar em conquistas concretas as bandeiras históricas da UNE.

Provas do êxito de nossas lutas, aconteceram mudanças profundas na universidade brasileira: a pauta deixou de ser apenas por mais financiamento para incorporarmos também a discussão do acesso e da permanência, da qualidade e da referência social, da garantia de mais direitos e conquistas para os estudantes. Avanços concretos, como a ampliação das vagas nas universidades públicas federais, o ProUni, o combate à lógica privatista da educação e o reconhecimento do dever do Estado em reparar as atrocidades cometidas contra o movimento estudantil pela ditadura militar foram atingidos.

Essa é a marca do último período - nunca uma gestão da UNE conquistou tanto e, talvez, nunca se exigiu tanto de uma diretoria da entidade. O estrato político do amadurecimento de quem esteve a frente deste processo esteve expresso no Projeto de Reforma Universitária da UNE, aprovado pela imensa maioria dos CAs e DAs presentes ao 12º Coneb.

Mas ainda será necessário muito mais. As conquistas devem aumentar nossa motivação e capacidade de mobilização. Para isto, um novo Congresso da UNE se aproxima e, com ele, faz-se necessário vislumbrarmos novos desafios para os estudantes brasileiros.

"Vamos levar o samba com união
No pique de uma escola campeã..."

Uma unidade programática não pode, de forma alguma, desconstituir a identidade de cada movimento e corrente política que a compõe. Aliás, a unidade consegue ser mais sólida e duradoura quando serve ao crescimento da representatividade de todos os que dela participam. Em última instância, o crescimento e o enraizamento desse conjunto de correntes é o que faz a UNE forte, unitária, coesa e presente em cada universidade.

Temos nome e independência. Somos diferentes. Mas, principalmente, somos capazes de reconhecer fortes elementos de convergência, que são razões para a ação comum. Talvez o elo central a unir nossas forças políticas no próximo período seja a disputa que se avizinha, em 2010. Mais do que uma eleição, tal evento será o desfecho de uma disputa política pelos rumos de nosso país – será a luta entre os que defendem os interesses do povo e a soberania da nação contra as forças neoliberais, representantes da banca internacional e defensores da submissão do país aos ditames das grandes potências capitalistas.

Nosso campo é o que busca criar as condições para enfrentar as dificuldades impostas pela crise capitalista e impulsionar as mudanças iniciadas em nosso país a partir da eleição de 2002. Para tanto, é fundamental não pulverizarmos esforços e mantermos a unidade para enfrentar os verdadeiros inimigos.

É neste contexto que a UNE se prepara para eleger uma nova diretoria. Acreditamos que tal realidade política deve estar presente nos debates do Congresso e refletida na próxima diretoria da entidade, buscando aglutinar as forças que compartilham dessas idéias - notadamente as juventudes do recém lançado Partido Pátria Livre (antigo MR-8), do Partido dos Trabalhadores, do Partido Democrático Trabalhista, do Partido Socialista Brasileiro, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro e outras - num mesmo campo político.

Nesse momento, a nossa responsabilidade é apontar caminhos para que nossa entidade possa influir na realidade política do Brasil, contribuindo para impedir retrocessos e ajudando a estimular o ciclo de desenvolvimento aberto nos últimos anos.

No fundamental, esse desejo é coletivo e está expresso nas propostas levantadas por cada corrente que compõe a UNE. O momento, portanto, cobra maturidade. Exige capacidade para cimentar e ampliar nossa aliança, para renovar nossas lutas. A responsabilidade primeira para atingir tais objetivos é nossa e pretendemos cumpri-la exercitando a grande política – que exige a humildade para ouvir e assimilar opiniões, mas também a firmeza para superar dificuldades e apontar caminhos.

Caminhos que possam reafirmar a luta do movimento estudantil até aqui e, principalmente, dar um salto de qualidade capaz de materializar nossos ideais de transformação da educação e da realidade do país.

Movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade"
Rumo ao 51º Congresso da UNE

Mais de 14 mil estudantes votaram nas eleições para a UNE na Uninove

As eleições para os Congressos da UEE/SP e da UNE na Uninove tem tudo para ser a maior do Brasil. Votaram para eleger a chapa de delegados cerca de 14.100 estudantes, o que significa mais do que o triplo do número de eleitores desta universidade no último Congresso.

Na opinião do direitor da UNE Alcides Leitão (Jesus), um dos responsáveis pelo processo na universidade, a grande participação é uma demonstração a legitimidade da eleição. "Foi um esforço coletivo das lideranças da universidade que querem uma participação qualificada e representativa no Congresso. Com esse convencimento, fomos à luta e mobilizamos esse grande contingente de estudantes, o que só engrandece os Congressos e aproxima ainda mais as entidades de suas bases", afirmou.

Para a aluna de Jornalismo da Uninove e diretora da UNE Ana Flávia Marques, o número de votos coroou um longo e amplo processo de discussões que envolveu também os Centros Acadêmicos. "A ampla participação dos estudantes é fruto do compromisso, estabelecido junto às lideranças e aos Centros Acadêmicos, de utilizar o processo de Congresso das entidades estudantis para realizar um grande debate sobre a reforma universitária proposta pela UNE e o que liga a realidade da Uninove a essa pauta geral, como no que diz respeito ao PL de mensalidades da UNE, a ampliação das bolsas de estudo".

Movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" elege delegação na UNOESC em São Miguel (SC)

No último dia 12 de maio, a chapa "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" elegeu a delegação da UNOESC, em São Miguel do Oeste, Santa Catarina. Mesmo com chapa única, as eleições foram tensas, pois o grupo que dirige atualmente o DCE está desligado dos fóruns de discussão do movimento estudantil e tentou boicotar a participação dos estudantes interessados, dificultando a passagem em salas de aula e atividades de divulgação do Congresso.

As propostas do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" ganharam as salas de aula, mesmo a contragosto dos que buscaram impedir os debates, e tiveram boa repercussão entre os estudantes.

A chapa obteve 214 votos e, agora, os estudantes eleitos poderão participar e apresentar as demandas da UNOESC/São Miguel nos Congressos da União Catarinense dos Estudantes e da UNE.

Dérique Hohn- Coordenador local do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade"

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Baixe a música do Movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade"

http://www.4shared.com/file/105618285/41cd35f/02_O_Homem_Falou.html

Congresso da UNE: 'De Que lado' vence eleições na PUC Minas

O Movimento “De que lado você samba?” – ampla frente formada pela União da Juventude Socialista (UJS), Kizomba e estudantes ligados aos CAs e Das – venceu nesta quarta-feira (13) as eleições realizada na PUC-Minas para o Congresso Nacional da UNE, obtendo 75,5% dos votos válidos. Com esta porcentagem, o movimento indicará 18 dos 24 delegados que irão representar a universidade no 51º Conune e 36 dos 48 delegados para o 41º Congresso da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG).

“É importante ressaltar o nosso trabalho à frente das entidades estudantis na PUC. Os estudantes nos conhecem, sabem que nosso trabalho é sério e que estamos mudando a vida estudantil de cada um aqui dentro, buscando cada vez mais a participação dos estudantes. Foi histórica essa eleição”, afirma Angélica, diretora do DA de Serviço Social. A eleição dos delegados na PUC-Minas para o congresso da UNE antecedeu em duas semanas a eleição do DCE, marcadas para os próximos dias 27 e 28 de maio.


Após o encerramento da apuração, a comissão eleitoral divulgou todos os resultados: foram 2214 votos, sendo que a Chapa 1 (De que lado você samba?) recebeu 1672 votos (75,5%); a Chapa 2 (PDT e PSDB) 347 votos (15,7%) e a Chapa 3 (PCR) 190 votos (8,6%). Os votos nulos e brancos representaram apenas 0,3%.

Segundo os estudantes envolvidos, a mobilização em Minas Gerais para o 51º Conune está a todo vapor. Já foram eleitos cerca de 200 delegados em todo o estado, sendo que o movimento “Da Unidade Vai Nascer a Novidade” elegeu cerca de 60% dos delegados. Demonstrando força e unidade, em todas as IES onde ocorreu disputa em Belo Horizonte o movimento obteve vitórias sempre com percentuais acima de 65%.

As próximas duas semanas serão importantes para a mobilização. A meta do movimento é eleger 100 delegados ao congresso da UNE, por semana, chegando a 300 em todo o estado. O movimento tem tido presença garantida e destacada nas grandes universidades de Minas, estando em todas as doze federais e nas maiores particulares.

“Nós somos o movimento que mais mobilizará estudantes ao 51º Congresso da UNE. Construímos nos últimos meses diversas atividades no estado, plenárias, festas e ainda faremos mais para envolver e politizar os estudantes de Minas Gerais para uma das maiores participações em congressos da UNE”, comemora a presidente da UJS-Minas Gerais, Viviene Adriana.

Para o 41º Congresso da UEE, a UJS Minas Gerais lançou o movimento “Quero uma balada nova!”, que pretende ter grande participação com cerca de 700 delegados, a maior bancada de todos os tempos. “O nosso movimento irradiará as Universidades de Minas Gerais. Vamos lançar uma plataforma educacional no congresso da UEE para a etapa estadual da Conferência Nacional de Educação. Vamos sair em caravana em todas as regiões do estado”, convoca a diretora da UEE Minas, Luiza Lafetá.

De Belo Horizonte,
Péricles Francisco

Eleições na Uninove, Uniban e FMU: movimento "Da Unidade" invade grandes universidades de SP

A campanha para os congressos da UEE/SP e da UNE tomaram conta, definitivamente, das grandes universidades da capital paulista. Nesta semana estão sendo realizadas as eleições na Uninove, Uniban e FMU e, em todas elas, o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" apresenta chapas com grande adesão de lideranças.

"O clima está contagiante nas grandes universidades da capital. Diariamente, a militância do movimento tem entrado nas salas de aula e buscado o diálogo com o maior número de estudantes. Também estamos distribuindo materiais específicos, que abordam a realidade de cada local e aproximam a UNE da realidade de cada estudante", avalia Renata Petta, presidente da UJS/SP e coordenadora estadual do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade".

Na Uninove, uma das maiores universidades particulares do país em número de alunos, o processo eleitoral tem sido massivo e até superado as expectativas em votos. "A adesão dos estudantes está bastante grande. Milhares já votaram e há uma grande movimentação de pessoas que querem ir ao Congresso", diz Alcides Leitão, o "Jesus", diretor da UNE que está acompanhando a universidade.

"A campanha está esquentando. Na Uniban, mesmo com as dificuldades que sempre existem nas particulares para entrar nas salas, os estudantes estão respondendo bem. A galera quer muito ir para os congressos e isso ajuda, pois estimula o processo de buscar os votos", diz Rodrigo Campos, da direção estadual da UJS e responsável pela eleição na Universidade Bandeirantes.

Para Augusto Chagas, presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo, "o momento é positivo e demonstra a força do movimento estudantil no estado. Na FMU, em apenas uma manhã, obtivemos mais de 1300 votos. Essa participação massiva é importante, legitima as entidades perante os estudantes e ajuda a fazer congressos politizados".



De São Paulo,

Fernando Borgonovi

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Unidade marca eleição para o DCE da UNIFIEO em Osasco

Com o tema “De que lado você samba?” os estudantes do Centro Universitário UNIFIEO em Osasco, lançaram a tese que irá disputar as eleições para o Diretório Central dos Estudantes- Ernesto “Che” Guevara. Tendo participação destacada, a UJS uniu grandes forças do movimento estudantil, como a JSB e correntes ligadas ao PT em prol de uma ação comum dentro do DCE.

A chapa tem como propósito apagar a imagem negativa da última gestão que, por problemas internos na diretoria, acabou não cumprindo seu devido papel, prejudicando o trabalho do DCE.

Atrelados ao Congresso da UNE e UEE-SP, a tese “De que lado você samba?” promete buscar grande participação dos estudantes, para construir um DCE cada vez mais forte, podendo assim cumprir os anseios da classe estudantil, sempre lutando por democracia e melhorias na qualidade do ensino privado.

O principal desafio do DCE, que representa mais de 17 mil alunos atualmente, é colocar os estudantes da Universidade no centro do debate do movimento estudantil universitário, fortalecendo a Instituição e o movimento estudantil em geral.

Rodrigo Aversa, estudante de geografia é uns dos lideres da chapa, e afirma que uma das prioridades é trazer o CUCA da UNE, promovendo assim uma grande integração entre os artistas e alunos da Universidade.

As eleições estão marcadas para o próximo dia 28 de maio, e o debate já começou a movimentar a universidade, e com espírito de Unidade, a tese “De que lado você samba?” tem papel decisivo na luta dos estudantes do UNIFIEO.

Rodrigo Aversa, aluno de Geografia da UNIFIEO

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Estudantes mato-grossenses ocupam reitoria pelo fim do vestibular

No dia 11 de Maio, mais de 1000 estudantes secundaristas e universitários ocuparam a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) para pedir o fim do vestibular.

Os estudantes levaram faixas e bandeiras pedindo que o vestibular seja seriado, como é a proposta das entidades estudantis, e que esse novo exame seja acompanhado da reserva de vagas para alunos de escolas púlicas.

Segundo o diretor da UNE Pablo Rodrigues, "qualquer proposta que supere o modelo atual de acesso à universidade é bem-vindo".

Rarikan Heven, diretor da UBES, salientou que "essa foi a terceira atividade da UBES relacionada ao vestibular no estado. Estamos construindo um movimento que não vai parar até conseguirmos uma universidade com acesso democrático".

Durante o ato, os estudantes liderados pela UBES adentraram a reitoria para levar suas propostas, sendo que a reitora demonstrou simpatia por várias delas.

A manifestação foi organizada pela UBES, UNE, ACES (Associação Cuiabana dos Estudantes Secundaristas) e a AME (Associação Matogrossense dos Estudantes Secundaristas) e pelos grêmios estudantis que, em sua maioria, são favoráveis à proposta da UBES de vestibular seriado.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ampla aliança vence as eleições do DCE da Universidade de Passo Fundo (RS)

Uma ampla aliança de diversos setores do Movimento Estudantil venceu, no último dia 07/05, as eleições do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Passo Fundo, no RS. Há mais de 5 anos o DCE era comandado por segmentos ligados ao DEM e tiveram gestões marcadas pela apatia diante dos aumentos de mensalidades, bem como dos demais debates acerca dos rumos da Universidade. Devido a isso, diversos segmentos do movimento estudantil da universidade se uniram com o objetivo de construir um DCE que participe dos principais debates da UPF e que fortaleça a capacidade de organização e a força dos estudantes da Instituição.

“Essa vitória é o reflexo do sentimento dos estudantes da UPF que querem um DCE que os represente de fato”, afirma Bibiana Sanches, tesoureira da chapa vencedora.

As eleições ocorreram no último dia 07/05 em toda a UPF, que possui 7 campus nos municípios de Passo Fundo, Carazinho, Sarandi, Soledade, Lagoa Vermelha, Palmeira das Missões e Casca. A Instituição tem cerca de 20 mil alunos matriculados de toda a região norte do estado.

O presidente eleito do DCE, o estudante de Educação Física Antonio Antunes, afirma que “o único beneficio que a entidade concedia aos alunos eram festas e uma carteirinha que pouco contribuía na vida dos estudantes” e complementa: “queremos construir um DCE que possa contribuir com a formação acadêmica dos alunos, defendendo e agindo no sentido de garantir melhores condições para que os acadêmicos possam participar de seminários, congressos e demais atividades que qualifiquem a sua formação”.

As eleições do DCE da UPF ocorreram com o acompanhamento do vice-presidente da UNE para o Rio Grande do Sul, o ex-aluno da UPF e estudante de História da UFRGS Mateus Fiorentini. Ele afirma que “o DCE da UPF é muito importante para o movimento estudantil do estado e agora será comandado por estudantes profundamente comprometidos com a defesa da qualidade do ensino superior bem como do caráter público das Universidades Comunitárias”.

Concorreram ao DCE da UPF duas chapas: a chapa 4 “RENOVAÇÃO”(ligada aos Democratas), que contabilizou 2273 votos, e a chapa 2 “SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM”(composta por estudantes ligados a UJS, PDT e lideranças de Centros e Diretórios Acadêmicos e de diversos cursos da UPF), que totalizou exatos 3000 votos, num universo de 5297 votantes. A nova diretoria, que assume nos próximos dias, dirigirá o DCE da UPF por uma gestão de dois anos.

Universidade Federal do Vale do S. Francisco adota Reserva de Vagas e Enem

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) aprovou, na última quarta-feira (06/05), em reunião do Conselho Universitário realizada em Petrolina, no sertão Pernambucano, a adoção do sistema de cotas sociais (reserva de 50% das vagas para estudantes oriundos de escolas públicas). Além disso, a Universidade aderiu recentemente a proposta de implementação do ENEM como novo sistema de avaliação e de acesso.
As medidas fazem parte de um longo processo de diálogo travado pelo Diretório Central dos Estudantes da UNIVASF com toda a comunidade acadêmica e, pela UNE, UBES e a UEP em todo o estado e país, conforme atestam as mais recentes manifestações pela aprovação do PL 3.913/08 (Projeto de Lei que institui a Reserva de Vagas nas Universidades Públicas).

Segundo o pró-reitor de ensino, Marcelo Ribeiro, para conseguir a vaga o estudante cotista não pode zerar nenhuma das quatro partes da prova (serão quatro eixos, conforme o MEC: linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação), ciências humanas e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias). A regra vale tanto para os feras da rede pública quanto para os da rede privada. Mas só será aplicada na primeira opção de curso do candidato.

“Essa medida surge no intuito de democratizar ainda mais o acesso à universidade e colocá-la de fato a serviço do desenvolvimento e progresso de nossa nação, permitindo e criando expectativas a jovens que antes nem sonhavam em um dia entrar na Universidade por não poder pagar um cursinho pré-vestibular ou uma mensalidade em escola da rede privada”, é o que nos relata a presidente do Diretório Central dos Estudantes da UNIVASF, a estudante de Medicina Mayara Coelho.

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) criou uma "Blitz da Reserva de Vagas" e está permanentemente mobilizando os alunos para cobrarem do Congresso Nacional a aprovação desta medida que surge como um gesto de reparação histórica para com os estudantes brasileiros, democratizando o acesso à universidade e proporcionando cada vez mais oportunidades iguais para o povo.

De Petrolina,
Anderson Diego, Tesoureiro Geral da UEP

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Maio, mês decisivo nos rumos da campanha ao Congresso da UNE

O mês de maio é definidor para a campanha do 51º Congresso da UNE. É nesse mês que se concentram grande parte das eleições nas maiores universidades e mesmo alguns congressos de entidades estaduais. Estar bem situado na batalha significa combinar o tempo de montar comissões de estudantes e atingir mais universidades com realizar os processos eleitorais e impedir que todos se acumulem para as últimas semanas.

Por isso, a palavra de ordem é intensificar a mobilização. Para dar conta de construir a maior campanha da história de um Congresso da União Nacional dos Estudantes, desafio lançado para o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade", é preciso dar ainda mais volume à campanha nos estados, atingindo número crescente de universidades e estudantes.

Plenárias do movimento

Nessa fase da campanha, quando muitos contatos já foram estabelecidos e os processos eleitorais estão em andamento, é necessário contagiar os estudantes com o "clima" do Congresso.

Logo, é tarefa imediata realizar atividades que reúnam os componentes das chapas construídas para debater as propostas do movimento e promover a integração das bancadas. É bom, para criar o "clima", que os estudantes vejam que são participantes de algo maior, que abrange muitas universidades. Da mesma maneira, todos têm que saber que as propostas do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" não vêm de algumas pessoas apenas, mas são construídas também com a contribuição de quem está participando do processo atual.

Contatos

Desde já uma dos desafios do movimento é manter contato constante com os apoiadores. Para tanto, telefone, endereço e mail dos delegados, suplentes e observadores são informações valiosas. É preciso concentrá-las no (a) responsável por mobilização, além de enviá-las para a coordenação nacional do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade", pois um banco de dados geral será montado. Os contatos devem ser enviados aos responsáveis pela mobilização ou comunicação do movimento, Ossi Ferreira e Fernando Borgonovi, respectivamente.

Volume de Campanha

Outro aspecto importante para uma campanha bem sucedida é o investimento em materiais. Criar volume nas universidades, através de panfletos, adesivos e cartazes são ferramentas fundamentais para a construção de uma vitoriosa mobilização.

Essa movimentação nas universidades deixa o estudante mais ligado nas eleições e aumenta o engajamento de todos na campanha, além de divulgar as propostas defendidas pelo movimento.

De São Paulo,
Fernando Borgonovi

terça-feira, 5 de maio de 2009

Eleições para o Congresso da UNE movimentam a UNIP em SP

O movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" na capital paulista já começa a realizar eleições em algumas da maiores universidades da cidade. A Unip (Universidade Paulista), que recentemente elegeu o militante da UJS Márcio Bico para a presidência do DCE, está com o processo de votação em andamento até a semana que vem.

A chapa única representa a aliança dos estudantes da universidade e a compreensão da importância de uma grande mobilização para o Congresso. Para Carlos Eduardo Siqueira, presidente municipal da UJS, "as eleições na Unip tem tudo para serem massivas, com grande participação dos estudantes".

"Estamos fazendo uma grande mobilização, em conjunto com as lideranças do DCE. Nosso objetivo é passar em todas as salas de aula, dos diversos campus da universidade aqui em São Paulo. Esperamos conseguir os votos de milhares de estudantes nessa chapa, que representa a unidade do movimento estudantil na Unip e a grandeza da UEE/SP e da UNE", afirma Carlos.

UNE realiza encontro de mulheres estudantes

O 3° Encontro de Mulheres Estudantes (EME) reuniu 250 universitárias de todo o país em Belo Horizonte (MG), de 1º a 3 de maio. As jovens foram unânimes em denunciar a presença do machismo no movimento estudantil. Em nota de repúdio à violência de gênero, as universitárias exigem que casos relatados sejam apurados pela UNE e que prevejam punições a agressores — da censura pública a inelegibilidade nos fóruns da entidade. Resoluções do encontro devem ser referendadas no próximo congresso da entidade.

Apesar das divergências de opinião entre as diversas correntes estudantis presentes no evento, as estudantes aprovaram por consenso uma carta que deverá nortear a política da entidade para as mulheres no próximo período, além da nota de repúdio à violência de gênero.

No documento, as universitárias apontaram para a necessidade de superação do machismo com políticas específicas para as mulheres universitárias, desde a assistência estudantil à produção do conhecimento acadêmico, e reafirmaram a política de cotas mínimas de 30% de mulheres nas direções das entidades estudantis.

As participantes do encontro discutiram ainda a importância que terão para as mulheres a Conferência Nacional de Educação e a Conferência Nacional de Comunicação, a crise financeira e a necessidade da legalização do aborto. Para a presidente da entidade, Lúcia Stumpf, “o movimento estudantil reflete o machismo presente em nossa sociedade e na universidade.

Por ser também um espaço de poder, as disputas muitas vezes extrapolam o debate político e resvalam na violência sexista, física ou moral. O EME da UNE serve como impulsionador da auto-organização das mulheres, que precisam ser as primeiras a se indignar com a reprodução da violência de gênero dentro do ME.”


Além da deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) e Elizabeth Saar (da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres), marcaram presença na programação entidades feministas — União Brasileira de Mulheres, Macha Mundial das Mulheres e Confederação de Mulheres do Brasil — e CUT.

De Belo Horizonte,
Mariana Venturini

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Movimento "Da Unidade" em MS faz reunião de mobilização para o 51º Congresso da UNE

Em reunião nesta terça-feira, dia 29, a UJS/MS apresentou as propostas do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" para os representantes dos DCEs das principais universidades de Campo Grande, concretizando uma forte e organizada aliança entre as entidades e lideranças estudantis que deve garantir uma presença massiva da bancada de Mato Grosso do Sul no 51° Congresso da UNE.

Estiveram presentes os presidentes de DCEs da UCDB e Estácio de Sá, Rafael Meirelles e Bruno Zottos, o representante do DCE da UFMS Robson Luiz e, pelo DCE da UNIDERP, Antonio Neto. Além deles, participaram das discussões o presidente da UEE/MS, Anderson Ribeiro, o presidente estadual da UJS, Waldely Vaneli e membros da executiva da entidade.

"Estamos dando um passo importante, unindo os DCEs e a UEE em torno da construção do movimento para o congresso da UNE, levando uma bancada expressiva do estado. Esta união reflete um novo momento do movimento estudantil na região”, afirmou Waldely Vaneli.

O presidente da UEE/MS relatou a importância desta aliança, chamando-a de uma parceira histórica. “Acredito que o movimento estudantil passa por uma transformação e parcerias como esta contribuem para o fortalecimento das entidades e dos estudantes”, disse.

Entre todas as entidades, uma observação é unânime: é necessário aumentar a participação dos estudantes do estado nas pautas nacionais, para o que é ponto decisivo manter a unidade.

Foi constituída uma comissão formada por seis membros que serão responsáveis por otimizar a organização das eleições nas universidades. A próxima reunião já tem data marcada e definirá o calendário das eleições. O movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" conclama a todos os a acadêmicos a fazerem parte desse importante momento e construir um 51° Congresso da UNE massivo e participativo.


De Campo Grande,
Rafaela Muniz

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Da Unidade Vai Nascer a Novidade acelera mobilização em campanha disputada no PR

A campanha para os Congressos da União Paranaense dos Estudantes (UPE) e da UNE está pegando fogo. Mais de quarenta universidades já realizaram eleições e o processo de mobilização segue crescendo a cada dia.

A disputa está bastante acirrada, o que exige muita disposição das lideranças e ressalta a presença e a força do movimento estudantil naquele estado.

Nesse momento decisivo, tem chamado atenção a determinação da militância do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade". Na sexta feira passada, na eleição dos delegados da Universidade Estadual de Maringá (UEM), uma das principais do local, a chapa "Da Unidade" soube superar todas as dificuldades e obteve um expressivo resultado: 939 votos contra 34 da chapa adversária, elegendo todos os 17 delegados possíveis.

Arilton Freres, dirigente da UJS e coordenador do movimento no estado, destaca a garra dos militantes como principal fator da campanha. "Veja, a campanha está bastante disputada, o que demonstra a vitalidade do movimento. As dificuldades a superar são várias: falta de recursos financeiros, o número de cidades e universidades a serem atingidas e outras coisas. O que temos tido muito - e precisaremos ainda de muito mais - é disposição, garra, força de vontade e forças das ideias para trazer mais estudantes para a luta por um estado e uma educação melhores", salienta.

A UPE, fundada em 1939, é a segunda entidade estudantil mais antiga do país, atrás apenas da própria UNE, e fará seu Congresso nos dias 13 e 14 de junho, em local ainda não definido. Mas o trabalho da militância não termina por aí. "Nosso desafio é eleger a maior e mais politizada bancada do Paraná para os Congressos da UPE e da UNE. É um processo "casado", que exige concentração total até julho, em Brasília, no 51º Congresso da UNE", conclui Arilton.

terça-feira, 28 de abril de 2009

CE reúne 200 estudantes no lançamento do movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade

No sábado (25), a Direção da UJS cearense discutiu o Congresso da UNE, a grande batalha desse semestre. Além das eleições dos delegados, as intervenções apontaram para o desafio que a entidade tem de garantir a participação dos estudantes e um engajamento que tenha retorno positivo para movimento estudantil.

O congresso da UNE é um momento de grande disputa e exige responsabilidade da militância para massificar as bandeiras históricas, como a ampliação das universidades, assistência estudantil, respeito à meia-entrada. “É um processo acelerado e é preciso manter esse fôlego do início do processo e, em junho, já ter superado a meta”, acrescentou Edilson Cavalcante, presidente da UJS/CE.

A UJS também realizou uma atividade para lançar o movimento “Da Unidade Vai Nascer a Novidade” com a presença de uma comunidade acadêmica diversificada: universitários, secundaristas e convidados como os jovens de Guiné Bissau e estudantes do interior. Segundo Edilson, cerca de duzentas pessoas prestigiaram o evento.

No evento foi reafirmado pelos militantes o compromisso da entidade na defesa de bandeiras do movimento estudantil e que a UJS contribua muito para que UNE tenha caráter plural e aglutinador.

Esteve presente no lançamento o Secretário de Saúde do Estado, João Ananias, que reforçou o respeito e admiração que ele tem pela UJS por ser uma entidade séria e que tem responsabilidade com os estudantes, sempre travando o debate e apontando soluções para o desenvolvimento do país.


Ívina Carla é estudante de Jornalismo da FaC e militante da UJS.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Contra o imobilismo, uma ação conjunta!

Um típico domingo no Rio Grande do Sul. Chuva, frio, final do campeonato gaúcho e DCEs dispostos a discutir os rumos do ME no estado. No domingo dia 19 de abril onze Diretórios Centrais de Estudantes reuniram-se em um Conselho Estadual de Entidades Gerais na sede do CPERS/Sindicato em Porto Alegre. Entre as discussões previstas estavam a situação do Movimento Estudantil no Estado e no País e a aprovação do regimento para o Congresso de Fundação de uma nova entidade estadual de estudantes.

Contra o imobilismo, uma ação conjunta!

Uma mobilização de DCEs gaúchos discutiu a situação do ME no Rio Grande do Sul e encaminhou a construção de uma nova entidade estadual

Um típico domingo no Rio Grande do Sul. Chuva, frio, final do campeonato gaúcho e DCEs dispostos a discutir os rumos do ME no estado. No domingo dia 19 de abril onze Diretórios Centrais de Estudantes reuniram-se em um Conselho Estadual de Entidades Gerais na sede do CPERS/Sindicato em Porto Alegre. Entre as discussões previstas estavam a situação do Movimento Estudantil no Estado e no País e a aprovação do regimento para o Congresso de Fundação de uma nova entidade estadual de estudantes.

O encontro que teve a presença da presidenta da UNE, Lúcia Stumpf, iniciou debatendo a situação do movimento estudantil atual. Segundo o vice sul da UNE, Mateus Fiorentin, esse é o momento de maior maturidade do movimento estudantil no nosso Estado. "É o momento onde convergimos nos maiores consensos, como a luta contra a criminalização dos movimento sociais, o Fora Yeda, as mobilizações contra a corrupção e por mais qualidade de educação", afirmou Mateus.

Para o diretor do DCE da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), Anderson Machado, o movimento estudantil é reivindicatório. O ME junto com os outros movimentos sociais estão enfrentando de frente o Governo do Estado que defende um retrocesso das políticas sociais que vem sendo feitas no País. Anderson também pontuou a importância da Conferência Nacional de Educação, "é um momento de discutirmos um modelo de educação democrática e popular", afirmou.

O representante do DCE/UCS (Universidade de Caxias do Sul), enfatizou a importância da constituição de uma nova entidade estadual de estudantes. Para David Carnizella essa nova entidade deve unificar os estudantes e para que isso aconteça ela deve ser "fundada em bases fortes". Para David a nova entidade não deve nascer apenas como oposição a diretoria atual da UEE. "O que nos uniu aqui, por exemplo, foi o Fora Yeda mas a nova entidade não deve se limitar a isso, pois quando acabar o governo acabaria a mobilização", afirma David.

A presidenta da UNE, Lúcia Stumpf, iniciou sua fala dizendo que a UEE/RS foi uma das primeiras a serem criadas há 70 anos. Para a dirigente vivemos um momento de ofensiva propositiva dos movimento sociais, "houve aumento de vagas nas universidade públicas, o ProUni garantiu vagas gratuitas nas universidade privadas e agora o fim do vestibular que é uma reivindicação histórica do ME", reforçou Lúcia.

Após as falas de abertura a palavra foi repassada para os presentes que pontuaram, principalmente, sobre a necessidade de criação de uma nova entidade estadual no RS. Ao final das intervenções iniciou o próximo ponto que foi o da aprovação de texto base do regimento para o congresso de fundação de uma nova entidade estudantil estadual. Após a leitura do regimento foi escolhida uma Comissão Estadual de Eleição, Credenciamento e Organização (CEECO), que aprovará o texto final do regimento e coordenará o processo de organização do congresso. A data proposta para a realização dele é nos dias 29 e 30 de agosto na cidade de Santa Maria.
Por que organizar uma nova entidade estadual?

A UEE do Rio Grande do Sul tem 70 anos de existência. Nesse tempo todo ela foi peça fundamental nas lutas do povo gaúcho e brasileiro. Participou da campanha do "Pretróleo é Nosso", foi fechada pela ditadura, mobilizou estudantes pelas Diretas Já!. Entretanto há mais de 15 anos o quadro é outro. Uma sucessão de congressos antidemocráticos (alguns feitos escondidos) transformaram a UEE numa entidade que existe apenas no cartório. O último congresso, público, da UEE foi em 2003. De lá para cá há a UEE perdeu o reconhecimento da maioria dos DCEs do Estado e nem mesmo a UNE reconhece como legítima a atual diretoria.

Como não existe nenhuma possibilidade de construção de um congresso democrático da UEE (quem está no poder não quer abrir mão do controle), dez Diretórios Centrais de Estudantes chamaram um Conselho Estadual de Entidades Gerais para construir uma nova entidade. O que as entidades querem é resgatar o passado de lutas da UEE e unificar as pautas dos estudantes gaúchos.
DCEs que estavam presentes no CEEG

* UCS: Universidade de Caxias do Sul*
* IPA: Centro Universitário Metodista/IPA
* PUCRS: Pontífícia Universidade Católica do RS
* UNISC: Universidades de Santa Cruz*
* Univates: Universidade do Vale do Taquari
* UFPEL: Universidade Federal de Pelotas*
* UFRGS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul*
* UFSM: Universidade Federal de Santa Maria*
* UNIJUI: Universidade de Ijuí*
* IMED: Faculdade Meridional*
* FURG: Fundação Universidade de Rio Grande*

Justificaram ausência

* FAPA: Faculdades Porto-Alegrenses
* UCPel: Universidade Católica de Pelotas


* Os DCEs marcados com asterisco fazem parte da CEECO. Somam-se a eles o DCE da Unicruz (Universidade de Cruz Alta) que não estava presente.

fonte: www.kizomba.org.br

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vestibular: é preciso ir além da unificação

O anúncio proferido pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad, de unificar os vestibulares das Universidades Federais a partir do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) tem esquentado o debate educacional. A extinção do vestibular é uma reivindicação antiga dos estudantes. Porém, entendemos que uma nova forma de acesso precisa fazer parte de um pacote maior de medidas que radicalizem a democratização da Universidade. Alterações como essa não deve ser feita às pressas e unilateralmente, quando o que o Brasil precisa é de uma ampla união da sociedade em torno de um Projeto de Estado para a educação.

Cinco mil estudantes foram às ruas ontem [15/04], em São Paulo, para pedir o fim do vestibular e rebater a proposta do Ministro da Educação (MEC), de unificar os vestibulares das universidades federais a partir do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A extinção do vestibular é uma das reivindicações históricas do movimento estudantil. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) pressionam há muito tempo o MEC a apresentar uma alternativa ao sistema de ingresso na Universidade.

Há muito tempo a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) pressionam o MEC a apresentar uma alternativa ao sistema de ingresso na Universidade. O vestibular é mistificado ao longo de toda a formação acadêmica. Uma prova única, de caráter conteúdista e meritocrático que aprofunda o abismo entre o ensino privado e público. Ao valorizar o conteúdo decorado em detrimento da análise, o vestibular nos moldes atuais limita e rebaixa o currículo do Ensino Médio.

Ao fazer este debate, é preciso lembrar que hoje a oportunidade de cursar uma faculdade é reservada a menos de 12% da juventude de nosso país, segundo dados do Censo Educacional de 2007. O desafio do Brasil é romper os muros das Universidades, tornando-a acessível também à população de baixa renda. As ações do Estado precisam estar voltadas a políticas afirmativas que corrijam a distorção social que marca a Universidade brasileira.

O Governo, com o mesmo empenho demonstrado na formulação do novo ENEM, precisa, por exemplo, priorizar a aprovação do Projeto de Lei que tramita no Senado e prevê a reserva 50% das vagas das Universidades Públicas para estudantes oriundos das escolas públicas.

Há fatores positivos na proposta apresentada, que precisa ser aprimorada através de consultas públicas. O formato analítico do ENEM valoriza a capacidade crítica do estudante. As alterações propostas aproximam a Universidade da formulação do ENEM, comprometendo as Instituições de Ensino Superior com o currículo do Ensino Médio e com a formação e qualificação dos professores da rede escolar.

Ao mesmo tempo, manter o formato de uma única prova anual, concentrada em poucos dias, impõe uma limitação grande à nova avaliação. Para superar a lógica dos cursinhos preparatórios e estabelecer uma dinâmica mais equânime de avaliação, o ENEM deve ser seriado, ou seja, expandido para as três séries obrigatórias do Ensino Médio.

Estabelecendo um instrumento único de ingresso no Ensino Superior o país avança na constituição de um sistema integrado de educação, capaz de interligar o ensino infantil à formação superior, gerar a unificação dos currículos escolares em âmbito nacional e impor a diminuição das desigualdades regionais. É a constituição deste sistema o tema da recém lançada Conferencia Nacional de Educação, convocada pelo MEC, que se desenrola até abril de 2010. Para esta Conferência, diversos atores do movimento educacional foram chamados a se pronunciar, inclusive sobre a mudança do sistema de ingresso na Universidade.

O fim do vestibular não pode ser feito descolado de solução para o financiamento da educação. Para ser efetivamente transformador, um projeto desse tipo precisa contemplar um maior investimento do Estado em assistência estudantil e no Ensino Médio, para além do valor proposto pelo MEC.

Sem recursos para financiar auxílio moradia, transporte e alimentação dos estudantes de baixa renda que conquistarem vagas em instituições fora de seu município de origem, a pretensa mobilidade acadêmica não passará de discurso. Da mesma forma, caso não se efetive uma maior atenção do Estado para o financiamento do Ensino Médio nas escolas públicas a vantagem das escolas particulares e do mercado de cursinhos preparatórios prevalecerá mesmo com o novo ENEM.

Lutamos pela implementação de uma Universidade mais justa e democrática. É preciso tomar medidas de inclusão da população de baixa renda que não se resolverá apenas com a alteração da fórmula do vestibular. Mas sim com a garantia de maior investimento público na educação.

Como responsáveis pelas transformações educacionais do último período, milhares de estudantes, chamados pela UNE e pela UBES, saíram às ruas nesta semana para exigir mais do que propostas reducionistas. É preciso lutar pela transformação da Universidade brasileira em um espaço democrático a serviço do desenvolvimento do Brasil.

Lúcia Stumpf é presidente da UNE, militante da UJS e participa do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" ao Congresso da UNE

Primeira Plenária do Movimento "Da Unidade" no Rio de Janeiro é um sucesso.

Neste sábado, 18/04, o Movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade realizou sua primeira plenária rumo ao 15º. Congresso da UEE-RJ e ao 51º. Congresso da UNE. A Plenária, realizada na sede histórica da UNE na Praia do Flamengo, 132, contou com a presença de cerca de 100 estudantes que já fazem parte do movimento nas universidades da cidade do Rio de Janeiro.

Coube ao Presidente da UEE-RJ, Daniel Iliescu, dar início à plenária, dando às boas vindas para diversos estudantes que participavam de uma plenária do movimento estudantil pela primeira vez. Segundo Daniel, “o processo de congresso das entidades estudantis neste ano possui uma particularidade, pois acontece em meio ao processo de formulação da Conferência Nacional de Educação que acontecerá em 2010, aonde o movimento estudantil deve estar preparado e articulado para enfrentar importantes desafios”.

Já o Diretor de Comunicação da UEE-RJ, Theófilo Rodrigues, reiterou que a mensagem que traz o Movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade é "a mensagem da organização coletiva como contraponto ao individualismo presente na ideologia dominante". "Somente com a organização e unidade do movimento estudantil e dos movimentos sociais é que conseguiremos conquistar transformações no ensino superior e em toda a sociedade", afirmou Theo.

A plenária rolou em clima de confraternização, com um churrasco organizado pelos próprios estudantes, além da presença do DJ Marray que animou a festa com músicas dançantes e descontraídas.

Segundo o Vice-presidente da UNE no Rio de Janeiro, o estudante Rodrigo Lua, essa foi apenas a primeira plenária. “Ainda faremos muitas outras plenárias, em todas as regiões do estado até a data do Congresso”, afirmou Lua.

Acompanhe o blog para ficar atento nas datas das próximas plenárias e nos ajude a construir esse movimento em todo o estado do Rio de Janeiro.

Do Rio de Janeiro,
Theófilo Rodrigues

sexta-feira, 17 de abril de 2009

SP: Movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade realiza sua primeira Plenária

O movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade, proposto pela UJS para o 51º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) e 9º Congresso da UEE-SP (união Estadual dos Estudantes de São Paulo), vai realizar sua primeira atividade em São Paulo, neste final de semana.

Este é um movimento que reúne lideranças estudantis de todo o país e possui coordenações estaduais. O encontro, realizado pela coordenação paulista, vai discutir a educação sob a realidade específica e construir as opiniões do estado com maior número de estudantes.
O evento, que acontecerá neste sábado (18/04), a partir das 9h, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, é também uma primeira oportunidade para confraternização, ambientação e troca de experiências dos estudantes que tomaram os primeiros contatos com o movimento nas últimas semanas.

Além disso, vai elaborar as primeiras opiniões dos estudantes para a construção do caderno de propostas para o Congresso da União Estadual dos Estudantes de São Paulo e as contribuições do estado para o Congresso da UNE.

O Sindicato dos Engenheiros fica na Rua Genebra, 25 (Metrô Anhangabaú) - ao lado da Câmara Municipal de São Paulo.

Confira a Programação do Encontro:

09h00 - Abertura

09h30 - Debate: Realidade do Estado de São Paulo e Brasil - Educação Superior
- Marcelo Gavião - Presidente Nacional da UJS
- Márcio Cabral - Coordenador Nacional do Movimento "Da Unidade vai Nascer a Novidade

12h00 - Almoço

13h00 - Debate inicial sobre nossas propostas para o congresso da UEE e o congresso da UNE

17h00 - Encerramento

Fonte: http://nossacarasp.blogspot.com

18/04: Da Unidade Vai Nascer a Novidade faz plenária em MG

Com a campanha do Congresso da UNE começando a pegar fogo, as plenárias, festas e outras atividades do movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade estão pipocando em vários estados.

Agora, no próximo dia 18 de abril, será a vez das lideranças universitárias de Minas Gerais se reunirem para discutir as propostas do movimento para a educação e os próximos passos da campanha nas Alterosas. "Estamos em ritmo crescente de mobilização nas universidade rumo aos congressos da UEE de Minas e da UNE. Temos apresentado nossas idéias em centenas de salas de aula e muitos estudantes têm aderido ao nosso Movimento", diz Diogo Santos, presidente da entidade estadual mineira.

Contudo, uma campanha com as características atuais do Congresso da UNE requer muita organização e constante planejamento. "Temos que ampliar nosso nível de organização, politização e mobilização para garantirmos que nosso movimento tenha exito. Para isso, realizaremos essa plenária, para debatermos os principais pontos da nossa tese e formas de potencializar nossas mobilizações", conclui.



DIA: 18 de abril - sábado
HORÁRIO: 14:00h
LOCAL: rua Mucuri, 69, Floresta, BH-MG. Referência: próximo à avenida do Contorno.
Mais informações: Diogo Santos (31) 8571-4257

terça-feira, 14 de abril de 2009

Conferência Nacional de Educação – qual será o centro do debate? (parte 3)


Reorganização da educação e a redefinição do papel do Estado - "qualidade total" e "escola corporativa"




Analisando as concepções manifestadas pelas grandes empresas e corporações no Brasil, fica evidente que as relações objetivas do setor empresarial junto à educação se baseiam nas premissas da busca de maior produtividade, tendo como instrumento as certificações do tipo ISO 9000, criando assim, mecanismo e padrões que possam atestar tal qualidade. A qualificação profissional surge no cenário do mundo do trabalho e torna-se mais do que mera coadjuvante no processo produtivo. Dentro deste marco é possível perceber o avanço de dois mecanismos estruturantes deste caminho adotado pelo capital: de um lado os mecanismos de aferição e certificação da qualidade total e, de outro, a auto-responsabilização ou o controle sobre os mecanismos que garantam tais objetivos. Para Dermeval Saviani
SAVIANI, Dermeval. Capítulo XVI - O neoprodutivismo e suas variantes: neo-escolanovismo, neoconstrutivismo, neotecnicismo (1991-2001) in: História das Idéias Pedagógicas no Brasil. 2˚ ed revisada e ampliada. Campinas : Autores Associados, 2008.,

"O empenho de introduzir a "pedagogia das competências" nas escolas e nas empresas moveu-se pelo intento de ajustar o perfil dos indivíduos, como trabalhadores e como cidadãos, ao tipo de sociedade decorrente da reorganização do processo produtivo. Por isso, nas empresas busca-se substituir o conceito de qualificação pelo de competências e, nas escolas, procura-se passar do ensino centrado nas disciplinas do conhecimento para o ensino por competências referidas a situações determinadas. Em ambos os casos o objetivo é maximizar a eficiência, isto é, tornar os indivíduos mais produtivos tanto na sua inserção no processo de trabalho como em sua participação na vida da sociedade. E ser produtivo, nesse caso, não quer dizer simplesmente ser capaz de produzir mais em menos tempo. Significa, como assinala Marx, a valorização do capital, isto é, seu crescimento por incorporação de mais-valia." (Saviani, 2008)

Neste sentido, proliferam-se nos meios empresariais e industriais as chamadas escolas corporativas.
Isto tudo não seria nada demais se os interesses do capital estivessem somente focados nos seus próprios mecanismos para a obtenção da qualidade. Mas o que assistimos nas últimas décadas foi uma apropriação do Estado pelos interesses privados, o que passa pela imposição sobre os interesses público.

É ai que mora a crítica à pedagogia das competências, pois ela está diretamente relacionada aos interesses do capital e não aos interesses públicos. O modelo empresarial não limitou-se somente ao ambiente da escola básica, bem pelo contrário, buscou ir muito além. Hoje, as empresas tornam-se agências educativas através de suas fundações e mais do que isto, buscam formar um consórcio nacional com interesses comuns, articuladas ao ponto de influenciarem nas políticas públicas para a educação. Essa é a "pedagogia corporativa" que ja se dissemina também através do ensino superior brasileiro. Durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso esse modelo proliferou-se com a oferta indiscriminada das mais variadas modalidades de cursos superiores, quase todos para a formação técnica e de requalificação profissional.

Este foi um caminho que provocou o desmantelamento da universidade do conhecimento, tema que devemos voltar mais para frente. Mas o que fica evidente é que estamos enfrentando neste atual estágio da luta educacional brasileira os interesses privados arreigados no seio do Estado e, portanto, devemos apontar que o nosso principal adversário na preparação do novo PNE será a pedagogia das competências e a pedagogia corporativa, tendo como meta a desencorporação desta concepção da política do Estado brasileiro para a promoção de uma educação para o desenvolvimento nacional.

Portanto cabe aqui uma definição de desenvolvimento nacional que, ao meu ver, é antagônica a concepção de desenvolvimento imprimida pelo setor do capital. Para estes, o desenvolvimento das forças produtivas está associado somente aos objetivos de ampliação do lucro e da produtividade e o consumo. Os objetivos progressistas e sociais vão muito além disto, pois o desenvolvimento tem como pressupostos a vida humana, a qualidade social, a socialização dos bens públicos, e na educação esse enfoque ganha força com o modelo de escola socializadora, democrática e emancipatória. A "guerra" então se dá entre os interesses privados, representados pelos interesses do capital, contraposto pelos interesses públicos, referenciados na luta histórica pela questão nacional.

Se os pressupostos da pedagogia das competências fundamentam a atual LDB e materializou-se nos objetivos e metas do atual Plano Nacional de Educação como afirmamos ateriormente, não há como não enfrentarmos o debate da necessária reformulação das políticas de Estado que norteiam o sistema nacional de ensino. Para tanto, penso que a Conferência Nacional de Educação deverá enfrentar o debate contra a pedagogia das competências, materializada na opinião dos setores do capital e de seus teóricos que encontram-se em posições destadas na academia e nos órgãos públicos e de governo. É preciso diferenciar a educação formal escolar da educação informal ou não-formal, atribuinda a cada qual o seu papel e apontando a responsabilidade do Estado, dando maior atenção ao processo educacional escolar. Se existe uma escola com objetivos corporativos e de referência na qualidade total, então que esta não seja a escola pública brasileira, porque esta precisa estar muito além dos objetivos da pedagogia das competências. E mais do que isto, se existe uma LDB que tem em sua excência a visão neoprodutivista, então que reformemos a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.





Márcio Cabral, estudante de Pedagogia da UNIFESP e membro da Executiva Nacional da UJS.